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Outdoors em SP, PR e MG pedem melhorias urgentes de bem-estar animal para Aurora Alimentos

Campanha lançada pela Sinergia Animal no Brasil pede fim do uso de gaiolas para porcas grávidas e práticas dolorosas em leitões

A organização internacional de proteção animal Sinergia Animal lançou uma campanha de grande impacto, nesta semana, instalando outdoors em Guarulhos (SP), Curitiba (PR) e Betim (MG). A ação visa chamar atenção para o sofrimento animal na cadeia produtiva da carne suína da Aurora Alimentos e pede mudanças urgentes nas políticas de bem-estar animal da empresa, que é a terceira maior do setor no Brasil. 



A campanha destaca o uso de gaiolas de gestação para porcas grávidas, um tipo de confinamento em que os animais não conseguem caminhar ou se virar, e o corte de orelhas de leitões, um procedimento doloroso realizado sem anestésicos ou analgésicos. “7 das 9 maiores empresas de carne suína no Brasil já baniram o corte de orelhas. É uma prática desnecessária, ultrapassada e que não condiz com os padrões de bem-estar animal exigidos pelo consumidor moderno. A Aurora precisa ouvir a demanda da sociedade e se comprometer com uma produção mais ética”, afirma Cristina Diniz, diretora da Sinergia Animal no Brasil.



Já para o tema do uso de gaiolas, a entidade ressalta que a Aurora está defasada em relação aos seus dois principais concorrentes, JBS e BRF. “Pedimos que a Aurora siga o exemplo dessas duas empresas e se comprometa a usar sistemas de criação 100% livres de gaiolas de gestação em suas novas granjas, que é chamado de ‘cobre e solta pela indústria ”, explica Diniz.


Conscientização de consumidores

Os outdoors, posicionados estrategicamente em áreas de alta visibilidade, ilustram o sofrimento dos animais. A campanha tem como objetivo principal engajar consumidores e sensibilizar a opinião pública sobre a responsabilidade ética das grandes empresas do setor de alimentos. De acordo com a Sinergia Animal, o uso contínuo de gaiolas de gestação causa intenso sofrimento físico e psicológico aos animais, o que levou a prática a ser proibida no Reino Unido e em diversos países. 



“No Brasil, a pressão por mudanças é ainda mais urgente, considerando o volume de exportação e a importância do país como líder na produção de carne suína. Só a Aurora Alimentos é responsável pelas vidas de mais de 7,6 milhões de porcos por ano e tem a oportunidade de liderar pelo exemplo, mas ainda está atrasada em relação a seus concorrentes e a padrões internacionais de bem-estar animal”, complementa a diretora da ONG no Brasil.


A empresa é uma das últimas colocadas na classificação do Porcos em Foco, relatório anual que classifica os avanços das maiores produtoras de carne suína do país para acabar com práticas que causam sofrimento animal. Em 2023, 66% das empresas avaliadas reportaram novas políticas de bem-estar animal. “Isso mostra que o avanço é não apenas possível, mas também uma tendência crescente no setor”, destaca Diniz.



Além da campanha de outdoors, a Sinergia Animal está promovendo uma petição online e ações de rua para conscientizar o público sobre as condições enfrentadas pelos porcos. A organização também busca diálogo direto com a Aurora Alimentos, propondo soluções viáveis para eliminar essas práticas de sua cadeia de produção.


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